Albert Camus, em defesa do absurdo - pt.01
Se existe uma linha de raciocínio que explica tudo que vai nos livros de Camus é a ideia do absurdo.
Albert Camus, em defesa do absurdo - pt.01
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Em março de 2012, o diário francês Le Monde publicou um texto inédito de um dos principais autores de língua francesa do século XX: Albert Camus. O artigo estava inédito porque, à época em que em foi escrito, o jornal Le Soir Republican, editado na Argélia, censurou Camus. Mais de 70 anos depois, é notável o quanto do autor permanece relevante não somente pelo que tem a dizer, mas, também, pela forma com a qual decide expressar suas ideias. Num momento em que boa parte dos formadores de opinião parece ter algo relevante a contribuir para o debate público em todas as áreas (ainda que não sejam capacitados para tanto) ou mesmo quando intelectuais hesitam em falar o que realmente pensam (exatamente porque lhes falta o compromisso para com a verdade), preferindo pensar por procuração, Albert Camus não tergiversa. E sua obra tem o mérito de apresentar a complexidade do mundo à sua volta de forma clara.
Embora seja um dos mais destacados autores de língua francesa, Albert Camus nasceu na Argélia, a 7 de novembro de 1913. Foi jornalista e filósofo, mas sua trajetória intelectual ficaria para sempre marcada, entre outros acontecimentos, pela sua obra de estreia na ficção, O Estrangeiro, romance publicado em 1942. Em 1957, foi laureado com o prêmio Nobel de Literatura, e morreu em janeiro de 1960, vítima de um acidente de automóvel. A relação do autor com sua terra natal está bastante destacada em seus livros, principalmente em seus romances, nos quais conseguiu, de maneira bastante elaborada e sucinta, atacar o cerne das questões, sem escorregar para os maniqueísmos ou apelar para as soluções fáceis. Em Camus, a existência está marcada pela angústia e pela sensação de ausência de sentido que marca a trajetória do ser humano.
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