Visões da poesia de W.B.Yeats (I)
Yeats o soube até os últimos momentos de seu artesanato poético
Visões da poesia de W.B.Yeats (I)
Por
W.B. Yeats, Um retrato - Tom Byrne
Santa Teresa d´Ávila já dissera que “a imaginação é a doida da casa”, explicitando que a casa é nossa alma. Neste caso, todas as minhas dificuldades e diferenças com o Sr. Yeats advém da imaginação dele, não da minha.
Não é recente meu contato com a poesia de Yeats. Lembro-me de ter lido a poesia dele de forma transversal, através de citações e comentários. Creio que um deles foi do meu repórter favorito dos anos 70 do século passado, o Sr. Paul Heilborn, conhecido como Paulo Francis.
Citava sempre os versos de “A Segunda Vinda”, mas não posso provar isso por ora, apenas reafirmar que ele amava o poema “A Segunda Vinda” como poema “sombrio, profético e inigualável”. “Os melhores não têm convicção alguma, enquanto os piores estão cheios de intensidade passional” era a citação de Yeats predileta do velho Francis.
Certo é que posso reproduzir uma avaliação de Ezra Pound, que foi amigo (antípoda) de Yeats:
“O sr. Yeats despiu a poesia inglesa, de uma vez por todas, de sua maldita retórica. Eliminou tudo o que é não poético – e muito do que é. Tornou-se um clássico em vida e ‘nel mezzo del cammin’. Ele fez do nosso idioma uma coisa maleável, uma fala sem inversões”.[1]
O jovem Pound virou amigo do velho Yeats (vinte anos mais velho) e dele aproximou o seu (dele) amigo T. S. Eliot. Eram gigantes da Poesia de língua inglesa. Estavam aí reunidos dois prêmios Nobel de Literatura e um injustiçado.
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